quarta-feira, 30 de março de 2011

A Saga do Vestido

Como uma noiva nada tradicional, fui deixando o vestido para depois. Estamos organizando o casamento desde junho de 2010, mas eu não estava com a mente voltada para o vestido. Tinha feito já algumas pesquisas na internet e olhado algumas revistas, mas nada me agradava verdadeiramente. E, sendo sincera, eu não estava dando prioridade ao assunto porque a data ainda estava distante (e, além disso, óbvio, eu pretendia emagrecer).

No entanto, com o casamento se aproximando cada vez mais, não havia mais como enrolar: era hora de escolher e definir o vestido. Aliás, os vestidos. Afinal, quem mandou inventar duas festas de casamento, né?

E lá fui eu me debruçar numa pilha de revistas de noivas, algumas que eu mesma comprei, outras que a Jackie, a minha wedding planner, me emprestou. E adivinhem? Não gostei de nada! Um ou outro detalhe em algum vestido até chamava a minha atenção, mas não havia nenhum vestido para chamar de meu.

Então, parti para as lojas de aluguel de vestidos de noiva. Imaginei que experimentando alguns modelitos, ficaria mais fácil, pois eu poderia avaliar o que teria um bom caimento, tecidos, etc e tal. Adivinhem? Não gostei de nada de novo!

Todos os modelos eram muito “princesa”. Ora, quem quer ser princesa quando é muito mais interessante ser mulher de verdade? Já passei dessa fase (se é que algum dia a tive).

Volume e saias armadas também me fazem  torcer o nariz. Quem vai querer ficar parecendo um bolo fofo?

Vestidos cheios de bordados, babados e pedrarias? Não! Sou do tipo que defende que menos é mais.

Tudo me parecia muito irreal. Nunca quis ser princesa e muito menos ter um príncipe montado num cavalo branco. Meu negócio é homem de verdade. Ou seja, não me identifiquei com nenhum vestido, nenhum vestido me traduzia.

E, para piorar, preços nada simpáticos. Nada mesmo. Imagina pagar cerca de três a quatro mil reais por um vestido pelo qual não me apaixonei e que seria usado por algumas horas apenas… Nem pensar. Totalmente contra os meus princípios.

Aliás, um parêntese. Basta falar a palavra casamento para que qualquer preço tenha um acréscimo. Outra coisa que não condiz com a minha ideologia. Ok, vou me casar com o homem que eu amo, quero que tudo seja lindo e saia bem, mas nem por isso vou cometer despautérios. Talvez as noivas mais jovens e menos experientes possam fazê-lo, pois querem realizar um sonho e querem seu dia de princesa, seu príncipe e tudo o mais, mas definitivamente não é o meu (nem o nosso) caso. Estamos nos casando dessa forma porque queremos e nos amamos e decidimos compratilhar nossa felicidade com pessoas que consideramos importantes. Nada mais, nada menos.

Não é que não se possa dar-se a um luxo aqui e outro ali, mas sem exageros. Ainda mais quando vivemos num país como o Brasil, onde milhares de pessoas vivem em condições precárias. Bom, mas esse parêntese já foi longe demais… Foco, foco!

Outro fato que demonstra que os vestidos de noiva não são pensados para mulheres reais são seus tamanhos. A grande maioria é confeccionada em tamanho PP ou P (nas lojas, nas revistas e na internet) e eu sou G, com orgulho de cada centímetro que me pertence (claro que a gente sempre quer diminuir uns quilinhos… qual mulher não quer?). Acho que até um tamanho médio é artigo meio raro.

Diante de todo esse cenário, evidentemente o assunto estava tirando a minha sanidade, e o meu sono, e o meu humor… Pobre Celo. Sorte a minha ter ao lado um companheiro verdadeiro como ele.

Eis que descobri a maravilhosa Maggie Sottero! Essa australiana é autora de inúmeros modelitos, um mais belo do que o outro. Detalhe: não vende on line e também não havia tempo hábil para isso. No Brasil, somente se encontram seus vestidos em duas lojas: uma em Curitiba e outra em São Paulo (e, embora eu estivesse de viagem marcada para Sampa, era muito arriscado esperar).

Solução: encontrar uma costureira habilidosa e mandar fazer exatamente o que eu queria. Foi quando eu me lembrei da Vera, indicação da minha amiga querida Pati (uma das madrinhas do Happy Wedding Hour). E, assim, lá fui eu até a zona norte de Porto Alegre conhecê-la (e tenho que registrar que o Celo me levou até lá e ficou me esperando no carro, ouvindo música e lendo um livro – é ou não é o homem da minha vida? rsrsrsrs). Conversamos bastante, trocamos idéias e simpatizamos de imediato (gente como a gente, sabe?). Gostei muito dela e, além disso, ela vinha muitíssimo bem recomendada. E o melhor: apresentou um orçamento adequado à realidade e justo. Resultado: retornei ao carro sorrindo de orelha a orelha!

To be continued… Ou seja, aguardem as cenas do próximo capítulo!

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